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Já andamos no T-Cross,

Novo SUV da Volkswagen que chega em 2019.

Já andamos no T-Cross, Novo SUV da Volkswagen que chega em 2019.
Feito sobre a mesma plataforma de Polo e Virtus, SUV será produzido no Paraná e terá motores 1.0 e 1.4 turbo flex.
Acelerar um carro ainda em fase de desenvolvimento não é algo comum para jornalistas. Mas dada a importância (imensa) do projeto, a Volkswagen convidou a Autoesporte para experimentar os primeiros protótipos do T-Cross, futuro SUV de entrada da marca alemã, que no Brasil disputará mercado com Honda HR-V, Hyundai Creta, Nissan Kicks e Jeep Renegade. O utilitário será lançado mundialmente no primeiro semestre de 2019, e, como falta quase um ano, nem tudo foi finalizado - o interior, por exemplo, está "95% pronto". Mas a montadora sabe do seu atraso perante várias concorrentes, e projeta que as vendas no segmento irão duplicar nos próximos dez anos. Ou seja, era hora de agir.
Dentro da atual gama da Volkswagen, o T-Cross cumprirá papel dos mais importantes. Será o menor SUV feito sobre a base modular. Sua arquitetura é a MQB A0, a mesma usada pelos compactos Polo e Virtus. No Brasil, a produção será em São José dos Pinhais, no Paraná, enquanto o modelo europeu sairá da fábrica de Pamplona, na Espanha. Por sinal, haverá duas variações do T-Cross. Na Europa, o utilitário será menor e mais modesto, para não conflitar com o T-Roc, que é derivado do Golf. Como este não vem para o mercado brasileiro, o T-Cross nacional terá entre-eixos alongado em 9 centímetros.
Na apresentação técnica, a VW revelou muitos dados técnicos, incluindo as dimensões das duas variantes. O T-Cross europeu terá 4,11 metros de comprimento, 1,56 m de altura e 2,56 m de entre-eixos, enquanto o brasileiro medirá 4,19 metros no comprimento, 1,57 m de altura e terá entre-eixos de 2,65 m. Na comparação com o Polo nacional, é 13,5 cm maior no comprimento, 10 cm mais alto e tem 8,4 cm adicionais no entre-eixos. Já o porta-malas terá entre 345 e 390 litros - até 90 litros acima do Polo. O curioso é que, apesar de menor, o T-Cross dos europeus terá o compartimento maior, com até 455 l.
E não é só. Embora seja o mesmo veículo, o T-Cross daqui será diferente do europeu até no visual. A dianteira do modelo da América do Sul terá grade e para-choques levemente alterados, enquanto as lanternas apresentarão desenho de luzes diferente. A boa notícia é que ambos terão iluminação diurna e leds. Por ora, a empresa divulgou apenas sketches e imagens do SUV camuflado. Contudo, os jornalistas que participaram deste primeiro test drive viram o T-Cross "limpo". A frente segue o padrão VW (é mais comportada) e a traseira concentra o teor de ousadia, com lanternas envolvidas por moldura que atravessa a tampa.
Como será o T-Cross nacional? Afora a questão do design, a Volkswagen fez alterações relevantes que deixarão o SUV nacional mais confortável que o europeu. Além do entre-eixos alongado para ampliar o espaço para pernas, o T-Cross daqui terá saídas de ventilação para o banco traseiro, seguindo o padrão de Polo e Virtus. O túnel central será mais baixo, para receber melhor um terceiro passageiro atrás. E o painel terá o suporte para celulares que estreou no facelift de 2016 da dupla Gol e Voyage, e também foi inserido no Polo e no Virtus. Por fim, o modelo brasileiro oferecerá opção de teto solar panorâmico, descartado no dos europeus.
Outro elemento presente nos novos compactos da VW - e que também estará no T-Cross nacional - é o quadro de instrumentos em tela digital de 10,2 polegadas. O visor é colorido, configurável e fácil de manusear pelos botões no volante. Pode-se expandir totalmente os mapas do GPS, visualizar os clássicos relógios do conta-giros e do velocímetro, e ver diversos dados de bordo. O recurso, porém, a exemplo de Polo e Virtus, só deve aparecer na versão Highline, que será a topo de linha, pelo menos até a chegada do R-Line, que não está confirmado, mas tem grandes chances de ser oferecido no Brasil.
O T-Cross Trendline será o modelo de partida, com interior mais simples e instrumentos no padrão tradicional. A central multimidia é menor que a de 8 polegadas do Highline, e não haverá modernidades como chave presencial com partida do motor por botão ou ar-condicionado automático digital. Já a mecânica será sempre turbo: a versão de entrada usará o motor 1.0 TSI turbo flex de Polo e Virtus, com os mesmos 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. Para este motor, haverá opção do câmbio manual de cinco marchas (MQ200) e do automático Tiptronic de seis marchas. A tração é sempre dianteira.
Passando à configuração de topo, o T-Cross promete uma tocada mais emocional com o motor 1.4 turbo flex de 150 cv e 25,5 kgfm de torque. Este será sempre automático de seis marchas, com paddle-shifts no volante e diferentes modos de condução. Como tem feito nos modelos mais novos, a nomenclatura seguirá o padrão baseado no torque e não na litragem: 200 TSi para as versões 1.0, 250 TSI no 1.4 litro. Nos países vizinhos do Mercosul, o SUV terá ainda a opção do motor 1.6 16V MSI a gasolina, que foi descartado para o mercado brasileiro, onde a marca segue focada nos motores turbinados.
Primeiras impressões: Testar um protótipo sempre gera alguma estranheza. Afinal, não sabemos o que pode mudar até o modelo de produção em série chegar às ruas. No caso do T-Cross, as unidades estavam com camuflagem leve na dianteira e na traseira, e, por dentro, o painel ainda provisório revelava as formas finais, mas foi feito pelos próprios engenheiros com plásticos rígidos de superfície lisa, sem detalhes de acabamento. O design repete boa parte das linhas presentes no Polo e no Virtus, com as saídas de ar posicionadas abaixo da multimídia e dois porta-copos geométricos entre os bancos.
Durante o test drive, experimentamos duas versões com motor 1.0 turbo a gasolina, a primeira com 116 cv e câmbio DSG de dupla embreagem e sete marchas, e a segunda com 95 cv e transmissão manual de cinco marchas. As três unidades disponíveis eram do T-Cross europeu, uma delas com motor 1.6 TDI a diesel. Ou seja, este primeiro contato foi com modelos que não teremos no Brasil. Por outro lado, a despeito das diferenças, os carros serão muito parecidos em certos aspectos. A posição de dirigir, por exemplo, é razoavelmente mais elevada que no Polo, e traduz bem a sensação de SUV.
Encontrar a melhor posição ao volante foi fácil com os ajustes de altura e profundidade do banco e da coluna de direção. A bordo, o espaço vertical é o ponto alto, com amplos vãos para cabeças na frente e atrás. O T-Cross nacional ainda vai caprichar mais nesse sentido, já que terá o entre-eixos alongado. O espaço para as pernas na versão europeia fica justo, sem sobras, mas sem aperto. Contudo, o túnel central alto torna o assento traseiro pouco confortável para três adultos, sobretudo para quem vai no meio. Aqui outra mudança: a versão brasileira terá o túnel mais baixo, o que deixará o T-Cross mais apto a receber três passageiros atrás.
Neste primeiro contato, acelerei o T-Cross por estradas vicinais nos arredores de Munique (Alemanha), passando por trechos curtos com subidas e descidas. O que mais chamou a atenção foi a leveza com que o SUV se move. Alguns podem torcer o nariz para um utilitário com motor "mil", mas ao volante o 1.0 TSI não ficou devendo em nada. Rodamos com quatro adultos a bordo, e mesmo carregado o modelo não demonstrou cansaço. A julgar pelos números, a versão nacional, de até 128 cv com etanol, promete ter ainda mais fôlego. Resta aguardar para ver o comportamento câmbio automático Tiptronic. No modelo europeu, ajudou o dinamismo da transmissão DSG de sete marchas.
Pontos positivos e negativos: Outros pontos positivos foram o baixo nível de ruídos na cabine, e o equilíbrio dinâmico em movimento, com respostas diretas do volante e um rodar mais macio que o padrão visto nos carros da marca. Calibrações ainda serão feitas na suspensão e na direção, mas da forma como estava, o T-Cross pareceu próximo do ajuste final. A única decepção foi o porta-malas, que será menor que o de concorrentes diretos, como HR-V, Creta e Kicks. Em termos gerais, o SUV vem para brigar entre os líderes da categoria, e promete ser agressivo em volume e equipamentos. Além do painel em tela digital, o T-Cross terá seis airbags, controle eletônico de estabilidade (ESP) e será o único na categoria a oferecer quatro entradas USB (duas na frente e duas atrás, além do assistente de baliza, que entra e sai de vagas sozinho. Até no visual o modelo vai quebrar alguns padrões da Volkswagen. É promissor.
Fonte: Autoesporte por Diogo de Oliveira, de Munique (Alemanha). 11/07/2018 11h23.



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