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Impressões: Nissan Note

Detalhes sobre o modelo que poderá ser produzido no Brasil

Qualquer consumidor sabe que uma das melhores maneiras para se aprimorar os produtos existentes no mercado é a concorrência. Quanto maior o número de empresas e de opções, melhor. Mas, embora essa máxima seja conhecida há tempos, existe um segmento no mercado nacional de automóveis que parece ignorá-la: a dos monovolumes. Basta lembrar que a categoria é disputada, basicamente, por dois veículos, o líder Honda Fit e o Fiat Idea, que segue bem distante. E, analisando as vendas (40 637 unidades do Honda comercializadas em 2013), não se pode dizer que seja um segmento "dispensável".

Pois a Nissan, cuja fábrica brasileira começará a produzir em breve, conta com um produto em seu portfólio que parece ter tudo para se encaixar com perfeição na categoria: o Note, modelo familiar que, na nova geração, lançada há pouco tempo na Europa, cresceu e ganhou alguns recursos tecnológicos interessantes. O visual é moderno e agradável, ainda mais por se tratar de um veículo destinado à família. Na dianteira, destaque para a grade, que forma um conjunto interessante com os faróis. Repare na foto ao lado, que a impressão é de que as luzes foram recortadas pela entrada de ar.

Lateralmente, o Note exibe linhas fluidas, com a traseira em cunha, o que permite um grande aproveitamento do espaço interno. Da mesma forma, as portas têm boas dimensões e oferecem acesso fácil ao interior do veículo. O detalhe que chama a atenção, porém, não pode ser visto. É que, embora meça 4,10 m de comprimento, 1,69 m de largura e 1,53 m de altura, o Note é construído sobre a plataforma do conhecido March, cuja produção no país já foi confirmada pela empresa. Fontes ligadas à Nissan, aliás, afirmaram que o modelo deverá mesmo ser feito por aqui. Mas, oficialmente, a empresa não desmente nem confirma essa informação.

Enquanto isso, aproveitamos para avaliar a versão mais equipada do modelo, embora com motor a diesel. Trata-se da Tekna Premium 1.5 dCi, com 90 cv e 20,4 mkgf à disposição. O estilo, como já foi citado, agrada. Mas o melhor do Note surge quando se abre a porta.

A impressão de qualidade é bastante positiva, já que a unidade disponibilizada contava com bancos parcialmente revestidos de couro e bastante anatômicos. O apoio lateral é muito bom, ainda mais levando-se em conta que não se trata de um modelo esportivo.

A posição de dirigir, porém, é ligeiramente mais alta do que em um carro de passeio convencional. Mas não chega a ser um incômodo. Bastam alguns minutos para se sentir familiarizado com o carro.

O painel é simples e é bastante similar ao do novo March, com a central do ar-condicionado digital situada no centro, em posição baixa, que dificulta a sua leitura. Já o sistema multimídia (opcional) está bem localizado e é fácil de ser operado. O quadro de instrumentos, por sua vez, tem boa visualização, mas a pequena "janela" digital, dentro do velocímetro, exige algum tempo de adaptação, pois exibe muitas informações em um espaço que deveria ser maior.

O detalhe que não agradou durante a avaliação foi a qualidade dos materiais utilizados no acabamento do painel. Além de não agradarem ao tato, já apresentaram sinais de que poderão se tornar fonte de ruído em pouco tempo. Para se ter ideia, bastou trafegarmos sobre alguns trechos de piso irregular para perceber algumas vibrações e ruídos indesejados.Em compensação, o conforto e a versatilidade na parte de trás da cabine merecem elogios. Além da boa área para os ocupantes, o Note ainda conta com banco deslizante, que permite ampliar o espaço do porta-malas ou o dos passageiros, de acordo com a necessidade.

Falando no bagageiro, outra boa ideia dos projetistas da Nissan foi o piso do compartimento, que pode ter a sua altura ajustada em duas posições: uma na mesma altura da "boca", facilitando a operação de carga e descarga. A outra, mais profunda, permite acomodar objetos maiores. Prático e simples.

Outro bom recurso - mas este tecnológico - são as câmeras dos programas de assistência. São nada menos que quatro, instaladas na grade frontal, na tampa traseira e sob os dois retrovisores. Com isso, o Note oferece a chamada "visão de helicóptero" ou de 360°, que exibe tudo o que está em volta do automóvel, item muito útil nas manobras. Falta, porém, o aviso sonoro ao se aproximar de obstáculos.

Em movimento, o Note agradou apenas ao trafegar em linha reta. Nas curvas, e, especialmente sobre pisos irregulares, a suspensão se mostrou muito dura. E não se pode culpar os pneus pelo comportamento, já que o equipamento, de medida 195/55 R16, é adequado ao carro.

O mais provável é que a Nissan tenha providenciado um ajuste de suspensão que permita controlar melhor a transferência de peso durante as manobras, levando em conta o centro de gravidade mais elevado do Note, em relação ao March, do qual ele deriva.

Já em estradas sinuosas, o familiar mostrou-se eficiente, mas sem ser divertido. É preciso lembrar, porém, que este Nissan não possui esse compromisso. Levado ao limite de aderência, o carro sai de frente, mas basta diminuir a aceleração para que ele retome a trajetória ideal.

No Brasil, o mais provável é que o Note receba o mesmo motor 1.6 16V que equipa as versões mais sofisticadas do March, com opções de câmbio manual e automático (ou CVT). Será uma chegada muito bem-vinda, ainda mais para quem gosta de uma boa disputa para elevar o nível da competição. Ou seja, todo mundo!

Motor 4 cilindros, turbodiesel, transversal; Cilindrada 1.461 cm3; Cabeçote 4 válvulas por cilindro; Potência 90 cv a 4.000 rpm; Torque 20,4 mkgf a 1.750 rpm; Câmbio manual, 5 marchas; Tração dianteira; Rodas liga leve, aro 16"; Suspensão dianteira McPherson; Suspensão traseira eixo de torção; Comprimento 4,10 m; Largura 1,69 m; Altura 1,53 m; Entre-eixos 2,60 m; Porta-malas 325 litros a 411 litros; Peso 1.130 kg. Fonte: Carroonline



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